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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PALAVRAS SEM DONO

Se a dúvida me vem roer
durante o desanimo que o espectáculo
do mundo me oferece a certas ou incertas horas,
intimamente sei tão certo,que essêncial me é viver
estas palavras sem dono.

Se não houver uma razão sobrepairando
sobre o meu impulso ou mesmo na minha intuição,
então consigo breves momentos em que posso datar
o presente real e  verdadeiro.

Não lamento qualquer acontecimento,
mas parece-me fundamental
publicar livros datados,tal qual são escritos
 na sua essência natural.

Assim sendo:
-cabe sempre ao escrevedor inserir
na malha do dizível o amplexo do inefável,
para depois devolvê-lo á historia literária.
como humilde proesa onde se vislumbra
a viagem constante do humano zelo.

Já agora:
é bom dize-lo,e é meu desejo de anunciar
a lição comedida, trazer ao sortilégio a insignificância
compulsada com olhares despertos;
e mesmo que não se compreenda bem as intenções
deste poema,dou ao menos a oportinidade
subltil de conter em mim uma existência própria e redentora.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

POEMA IMPERFEITO

Por agora não vou revelar
em que ponto me encontro:
-interessa-me possuir primeiro
um ponto de partida,visionar enquanto caminho,
o derradeiro ponto de chegada.

Quantos poemas foram escritos
ao longo do tempo?
Quantos ficaram perdidos,
e miseravelmente diluidos
sem terem feito história?

Deixo à filosofia
a sua elaboração masturbatória.
Olho,vejo ao longe a linha de chegada,
mas se até aqui nada se passou,
foi porque me desprendi de preconceitos,
e não me impto se me apontam o dedo.

Depois...com esta idade,
descubro o agora,estar aqui neste agora,
é meu problema,pois não é a hora que me importa,
é sim o dilema que tenho que resolver
enquanto não chegar ao ponto de chegada.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

QUE PROCURO.

Que procuro quando tento compor um poema?
Quem me ensina a raiz quadrada
de conjugar o verbo Amar?
Será que alguém sabe?Qual é a estrada?

Finalmente um poema assim!...saído do nada.
Oh não!,ainda não é o fim;
é fogo do mais intimo segredo sem condição.

Se a morte fosse assim
que me levasse quente,
desprendido da realidade,
pois ela está sempre presente,
e não escolhe tempo nem idade.

Como me convencer:
-que nem tudo são jogos de palavras,
releio os versos deste ainda jovem poema,
penso,mais uma vêz falhei meu fito.

Não posso nem quero perder um só momento
que a vida me oferece para viver!...
Nasci para ser grito,ser alento,
e a paz e a liberdade defender.

CONTINUO AMAR ALGUMAS PALAVRAS.

Continuo Amar algumas palavras.
Gosto de dispô-las em forma de poesia.
O meu gostar significa...ser sempre capaz de distanciar-me
de qualquer frase ou palavra negativa.

Já agora...posso dizer:
-Quando às vezes me aproximo de um animal selvagem,
sinto,bem dentro de mim,esse selvagem escondido na minha pele histórica,
e uma grande alegria sobe-me ao princípio da alma!

Sei...sei que sou um animal;
um animal um pouco racional.
Não,não quero ficar por aqui.
Sei como me sinto...sinto-me vivo.

Debruço-me às vezes na varanda da minha alma;
e perco-me durante longos periodos
saboreando a essência do meu espírito.

Não vejo outra solução;
Não se trata de voltar atrás,
ou dar o braço a torcer,
é contudo por em pratica um pouco
do que resta da minha inteligência,
se quizer ganhar à morte alguns anos de vida.