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quinta-feira, 21 de abril de 2011

PROBLEMA DA POESIA.

Será que tenho tempo e génio para me reproduzir?
A vida começa a me cansar...
Aos poucos a lembrança de um outro pema,
interrompe-me a consciência.

Será que devo permanecer só em rascunhos?
ou completar um texto inacabado,
deixar-me ser levado pelas minhas raízes.
Não cabe a mim decidir...há juízes por aí?

Neste vai e vem de conflito interior...
nestas aguas turvas em que me afundo,
não sou mais nem menos inferior...
PORQUE.
Ainda tenho este desejo profundo!
Ainda provoco náuseas  por causa do meu odor!
Ainda tenho esperança de viver...um segundo. 

É URGENTE...

Estas palavras que escrevo...invento,
se DEUS quiser não serão as ultimas.
Não sei se é poema ou meras rimas,
mas sei que são escritas com sentimento.

Sei que nesta vida física e material,
somos apenas peregrinos com destino,
destino esse...não há um que seja igual,
assim como qualquer país,tem o seu próprio hino.

Neste mundo conturbado em que vivemos,
tão cheio de hipocrisia e preconceitos,
é urgente olharmos-nos aos espelhos,
e perceber como podemos mudar nossos defeitos.
Sim é verdade!
é urgente prender como se deve AMAR...
mas porque?...tudo um dia vai acabar,será.
Quem levanta a voz em favor da igualdade?

Vamos,mas vamos todos meditar.
Vamos pôr a mão na consciência...
depois pode parecer estúpido,
mas é urgente sentir que é essencial,
pelo menos para mim,
pois sei que sou apenas um simples animal;
um pouco racional. 


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Não sei de onde me vem.

Se não fosse esta certeza que não sei de onde me vem,
não comia nem bebia,nem falava com ninguém.
Acocorava-me a um canto,no mais escuro que ouvesse,
punha os joenhos à boca e viesse o que viesse.

Não fosse os olhos grandes do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas a cair impretinente,
aquele incógnito rosto,pintado com tons de aguarela,
que sonha no frio encostado à vidraça da janela.

Não fosse a imensa piedade dos homens que não cresceram...
que ouviram,viram,ouviram e não perceberam,
essas máscaras selectivas,antologia do espanto,
flores sem caule,flutuando,no pranto do desencanto.

Se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,roia as unhas e os dedos,
até os fazer em sangue.